27 de ago. de 2009

Etimologia e Bibliologia


“ENCADERNAÇÃO” – ETIMOLOGIA
Lendo sobre encadernação, história e técnica, conclui que a palavra pode ter origem no velho espanhol influenciado pela cultura árabe, pois essa arte foi introduzida na Europa pela Península Ibérica, durante os séculos de dominação árabe. Assim, pode derivar-se de “encadeñar” ou encadejar, como em dispor em cadeias sucessivas, conforme o Dicionário Moraes digitalizado pela BRASILIANA.
Por associação, pode ser derivada de cadernos, ou “quaternos” dos antigos “in-fólios”. Esclarecendo, antigamente tomava-se uma folha provavelmente tamanho 96 X 66 cm, dobrava-se duas vezes formando quatro folhas ou UM CADERNO, mais outra e mais outra, que eram costuradas pelas dobras formando um livro, ou seja, encadernadas ou COSTURANDO OS CADERNOS .
Encontrei explicação plausível num livro publicado por ocasião do IIº Congresso da Indústria Gráfica Argentina:
"Ya se ha visto que la palabra "encadernacion" proviene de encuaternar (poner de a cuatro os cuadernillos impressos e coserlos. " (LA HISTORIA GENERAL DEL LIBRO IMPRESSO, Raul M. Rosarivo, Ediciones Áureas, página 201, Buenos Aires, Argentina, 1964)
Citar Raul M. Rosarivo é suficiente para encerrar a questão etimológica. O homem foi importante desenhista, professor, escritor, pesquisador das artes gráficas, pintor e bibliófilo argentino, com sólida obra sobre artes gráficas e bibliologia.
Buscando auxílio dos dicionários, o mais simples diz que é “formar cadernos”. O velho dicionário Moraes me afirmou que é derivado de “cadeñas” mesmo e do espanhol. Há até uma semelhança fonética que remete à livre associação com o Porto de Cádiz, principal ponto de entrada para os navios árabes, mas aí já é especular demais. Um blog de encadernação afirma que "encadernar significa fazer, amarrar ou segurar (em latim é ligare)", coisa que não tem nada a ver, mas está assim no sitio de encadernação e restauro.
Uma nota curiosa encontrada nesse mesmo livro, informa que o costume de pintar de vermelho os cantos dos livros começou com os monges medievais decorando as laterais em recordação ao sangue dos mártires cristãos. Esse Rosarivo...
Já que estamos nesse assunto etimológico permeado de curiosidade, são muitas as variações possíveis com a raiz grega "biblos" (livro), aplicadas desde a quem coleciona até a quem depreda, sem contar aquelas mais usuais, como "biblioteca":

Bibliófilo: que ama os livros
Bibliocasta: que destrói livros
Biblioclepto: ladrão de livros
Bibliótafo: que esconde os livros
Bibliófago: comedor de livros
Bibliófobo: que odeia livros
Bibliólotra: que idolatra livros
Bibliomanta: que pratica adivinhação ao abrir um livro ao acaso e interpretar a primeira linha
Biblioterapia: cura por meio da leitura
Bibliópola: vendedor de livros
Biblióforo: que carrega livros
Bibliomaníaco: que tem atração mórbida por livros

E por aí afora, sem falar nos Bibliocidas, aqueles que encadernam livros, destruindo a obra no processo, vide outros posts neste espaço.

12 de ago. de 2009

Conservação - Manuseando Livros

Os critérios para manusear um livro são determinantes para uma maior vida útil e de sua permanência no acervo. Recomenda-se portanto, a adoção de normas e procedimentos básicos, como por exemplo o treinamento de pessoal, que contribui consideravelmente para a conservação preventiva do acervo, seja pequeno e estimado ou grande e inestimável.

♦ Não manusear livros ou documentos com as mãos sujas, lavando as mãos após cada refeição.
♦ Não manter plantas aquáticas, guarda-chuvas e capas molhadas junto às prateleiras.
♦ Em dias muito úmidos, evitar abrir as janelas.
♦ Não fumar nem consumir alimentos perto dos livros.
♦ Não usar fitas adesivas, durex de qualquer tipo, colas plásticas, grampos ou clipes metálicos nas folhas e documentos guardados nos livros.
♦ Não dobrar os cantos das páginas (orelhas), pois ocasiona o amolecimento e rompimento das fibras. Nunca virar as páginas segurando pelos cantos.
♦ Usar marcadores próprios, finos, evitando efetuar marcas e dobras.
♦ Não retirar o livro da estante puxando-o pela borda superior da lombada.
♦ Os livros devem permanecer em posição vertical. Nunca acondicioná-los com a lombada para baixo ou para cima.
♦ Nunca manter as estantes campactadas.
♦ Fazer o transporte dos livros individualmente.
♦ Nunca umedecer os dedos para virar as páginas do livro. O ideal é virar pela parte superior da folha, procurando a página e abrindo todas as folhas de uma só vez.
♦ Não apoiar os cotovelos sobre os volumes de grande porte durante a leitura.
♦ Não fazer anotações, particulares ou profissionais, em papéis avulsos e colocá-los entre as páginas de um livro. Eles deixam marcas e permitem a penetração de sujeira e umidade.
♦ Evitar forçar a abertura para tirar cópias de livros. Esta prática danifica não só a encadernação como também o papel.
♦ Não utilizar espanador e produtos químicos para a limpeza do acervo e a área física da biblioteca, use trincha em local afastado das estantes. Para evitar a distribuição de poeira sobre os volumes, o piso deverá ser limpo com pano úmido.

A ilustração do "Livro Monstro de Harry Potter"?

Ora, o segredo para o livro não morder é sempre tratá-lo com carinho.

4 de ago. de 2009

Cupins e Brocas na Biblioteca


O post anterior "Conservação de Livros - Pragas Comuns" abordou de modo genérico as principais pragas que atacam os livros e a madeira da biblioteca. Para o livro infestado por alguma dessas pragas, a solução é abordar um por um, arejar, limpar folha por folha e a área do interior da lombada, para um processo superficial. O ideal é o restauro dos livros, com troca do papelão das capas, onde podem estar depositados os ovos.
Para a parte da madeira circundante, seja nas prateleiras, nas paredes da sala e mesmo nos rodapés, há uma solução mais invasiva e efetiva.
Aprendi a trabalhar madeira com meu avô José Pinto de Carvalho, o Vô Gegé, marceneiro e carpinteiro completo, com o qual vivi grande parte da infância e adolescência. Além de trabalhar madeiras nobres de forma artesanal, robusta e elegante, era exímio tocador de violão. Com ele aprendi uma técnica simples.
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Para debelar a infestação de cupins e brocas na madeira, junto o seguinte material:

1) Uma SERINGA DE INJEÇÃO com agulha;

2) Cupincida líquido, ou inseticida líquido;

3) Cêra de abelha;

4) Espátula de metal ou uma faca.

Encha a seringa com o cupincida e injete abundantemente em cada um dos buracos na madeira.

Tape os buracos com a cera de abelha e retire o excesso com a espátula, igualando a superfície.

Deixe o cupincida agir indefinidamente.

O processo é ideal para infestações em seu estágio inicial e em pequenas áreas, pois grandes acervos e infestações generalizadas, que já comprometeram a estabilidade das prateleiras, exigem intervenção de profissionais ou mesmo a substituição de todo o madeiramento do ambiente.

3 de ago. de 2009

Conservação de Livros, Pragas Comuns


Introdução

A manutenção livros oficiais, de bibliotecas e coleções particulares, até mesmo de edifícios históricos envolve muitas e variadas disciplinas, incluindo a conservação e gestão de coleções e edifícios. Os principais agentes de deterioração são os efeitos ambientais da luz e da humidade e os agentes de destruição como os insetos e os fungos. Todos estes factores se encontram interligados e a correcta aplicação do Controle de Pragas deve abordá-los sob uma perspectiva global, não como mera reação a crises isoladas. Um Controle Integrado de Pragas bem elaborado e bem aplicado, poderá evitar a ocorrência de problemas e crises bem como pode permitir a gestão, mais racional e mais eficaz, de recursos humanos e financeiros limitados. O Controle Integrado de Pragas deve ser relevante para as necessidades seja do cartório, da instituição e da coleção, utilizando, tanto quanto possível, a informação e os especialistas locais. Deverá também ser prático e exequível - é muito fácil desenvolver projetos grandiosos, que depois se revelam completamente impraticáveis. Deve ser mais um processo em evolução do que uma revolução, aberto à colaboração de disciplinas diferentes.
Neste link, o mesmo post com ilustrações:

TRAÇAS

As traças podem ser consideradas importantes pragas em áreas urbanas, pois infestam roupas, papéis, tapeçarias, estofados, livros, frutas secas, grãos ou outros alimentos armazenados, e muitos outros produtos manufaturados ou não. Na área urbana identificam-se três grupos distintos, reunidos em duas ordens: o grupo formado pelas traças-dos-livros ou traças-prateadas, pertencentes à ordem Thysanura; e o grupo formado pelas traças-das-roupas e as traças de produtos armazenados, pertencentes à ordem Lepidoptera.
Ordem Thysanura | Família Lepismatidae
Traças-de-livros
Essa ordem compreende os insetos mais primitivos, são conhecidas como traças-de-livros ou prateadas. Seu aspecto lembra um peixe prateado, daí um de seus nomes em inglês ser "silverfish". A família de maior importância dessa ordem é a Lepismatidae.
Descrição e biologia
Medem no máximo 50 mm de comprimento, são ápteros, possuem corpo deprimido e alongado, com 3 filamentos caudais, olhos compostos reduzidos ou ausentes e antenas filiformes (alongadas). São insetos que se alimentam de matéria orgânica vegetal, e substâncias ricas em proteínas, açúcar ou amido, assim, em residências, atacam cereais, farinhas de trigo (úmidas), papéis que contenham cola (papel de parede, livros encadernados em brochura, etc), e alguns tecidos, raramente atacam roupas de lã e outros produtos de origem animal. Possuem hábitos principalmente noturnos, vivendo em ambientes úmidos e escuros. Escondem-se em frestas de móveis, armários, rodapés e caixas.
Principais Danos
Algumas traças adaptaram-se muito bem ao ambiente urbano, consideradas importantes pragas domiciliares, como a Lepisma saccharina. Em museus, bibliotecas, tecelagens, supermercados, hotéis e em muitos outros estabelecimentos comerciais, as traças devem ser monitoradas com rigor, evitando-se infestações severas e danos significativos. Outras espécies também encontradas no Brasil são a Acrotelsa collaris e a Ctenolepisma ciliata.

CUPINS

Apresentam reprodução sexuada e desenvolvimento ametabólico, a fase jovem diferencia-se da adulta apenas pelo tamanho e maturidade sexual. Dependendo da espécie e clima, os ovos eclodem entre 10 e 60 dias, a fase jovem para a adulta dura entre 2 e 3 meses, sendo o ciclo de vida completo de 1 ano.Ocorre em áreas de climas tropical e temperado. Há cerca de 2 mil espécies descritas, 250 delas presentes no Brasil pertencem a 3 famílias: Kalotermitidae, Rhinotermitidae e Termitidae. São conhecidos mundialmente por termite, em latim, que significa "verme que rói a madeira", no Brasil a palavra cupim é de origem Tupi.
Descrição e biologia
São espécies sociais, organizam-se em castas de indivíduos ápteros ou alados. A cabeça é livre, com forma e tamanho variáveis, as formas aladas geralmente com olhos, que são atrofiados nas ápteras. O aparelho bucal é do tipo mastigador e bem desenvolvido, principalmente nos soldados. O tórax é achatado e com protórax destacado dos demais segmentos. Apenas os cupins reprodutores apresentam 2 pares de asas membranosas, que possuem uma sutura basal que se rompe e destaca-se do corpo após a revoada. Vegetarianos, a alimentação varia conforme a espécie: madeira viva ou morta (vários estágios de decomposição); derivados de celulose (protozoário no sistema digestivo auxilia na digestão da celulose); herbáceas e gramíneas vivas; detritos vegetais e partes vegetais vivas; fezes de herbívoros e húmus. Uma característica comum a todas as espécies de cupins é a sensibilidade à luz.
Os indivíduos são distribuídos em castas com diferentes morfologias, são adaptados ao trabalho que desempenham e vivem em ninhos, que podem ser construídos em diversos lugares. Existem, basicamente, 3 castas de indivíduos:
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Alados - destinados à reprodução e responsáveis pela formação de novas colônias. Em cada colônia há o casal real (reprodutores), a fêmea é a rainha, que sofre fisogastria e é responsável pela ovoposição, e o rei, que permanece junto à rainha, tem função de fecundá-la periodicamente. Em caso de morte ou doença de um dos reprodutores, os mesmos são substituídos pelos reprodutores de substituição;
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Soldados - responsáveis pela guarda do ninho e proteção dos demais indivíduos da colônia;
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Operários - casta mais numerosa da colônia e composta por indivíduos ápteros e estéreis, são responsáveis por todas as funções rotineiras da colônia, como obtenção de alimento, construção, reparo, expansão, limpeza do ninho, etc.
Os operários são importantes para a regulagem social da comunidade, através da trofalaxe regurgitam alimento (alimento estomodeal) e secreção salivar ou fluído fecalóide. Essas substâncias, além de valor nutritivo, transportam feromônios reguladores do desenvolvimento social da colônia e também os protozoários necessários para a digestão de celulose. Outro papel importante dos operários é o saneamento da colônia, através da remoção de indivíduos doentes, mortos ou anômalos. Para isso, os operários podem devorar esses indivíduos ou sepultá-los nas paredes ou em outras câmaras da colônia.
Ciclo de vida
Apresentam desenvolvimento incompleto, compreendendo as fases de ovo, ninfa e adulto. As ninfas sofrem ecdises até chegarem à forma adulta. É durante essa fase de desenvolvimento que será definida a "finalidade" da ninfa, ou seja, se transformarão em operários, soldados, reprodutores alados ou de reposição, de acordo com a necessidade da colônia. No último estágio, as ninfas podem desempenhar as funções dos operários.
Após a revoada, os alados perdem as asas e juntam-se aos pares, saindo à procura de local adequado para o estabelecimento da nova colônia. Decorridos alguns dias após a cópula, a rainha começa a postura. As primeiras posturas originam operários apenas, que darão início à construção da colônia. Depois de estabelecida a colônia, surgem os indivíduos das outras castas. Após atingir a maturidade da colônia (por volta de 5 anos), começam também a surgir os indivíduos alados que irão fazer novas revoadas para criar novas colônias.
CUPIM DE MADEIRA SECA
Família Kalotermitidae e Cryptotermes brevis
Habita áreas de climas subtropical e tropical, mesmo em regiões que apresentam inverno rigoroso. É uma espécie estritamente antropófila, sem registro de indivíduos encontrados em ambientes naturais. Fazem seus ninhos dentro dos moveis ou do madeiramento propriamente dito, e suas colônias são pequenas.
Sinais de infestação
Sinais de infestação: são bem discretos em infestações iniciais, porém o sinal mais típico é a presença de grânulos (resíduos fecais) amontoados e localizados abaixo dos orifícios de expulsão. Outra evidência, em caso de infestações com presença de colônias maduras, é a presença de asas espalhadas no recinto.

BROCAS

Conhecidas como brocas de madeiras, as espécies mais importantes que causam danos em móveis são as das famílias Anobiidae, Bostrichidae, Curculionidae e Lyctidae.
Descrição e biologia
Cabeça normal, arredondada, também podendo ser alongada, formando um rostro. Antenas localizadas na fronte e variando conforme espécies. A principal característica é o primeiro par de asas modificado em élitros, de consistência coriácea ou córnea, protegendo o segundo par de asas membranosas, dobradas (quando em repouso). O abdome em geral é totalmente recoberto pelos élitros. O adulto vive fora da madeira, utilizando-a para deposição dos ovos, onde as larvas, posteriormente, irão se abrigar e ali se alimentar até atingirem o estágio de pupa. Atingem de 1 a 3 mm.
Ciclo de vida
Apresentam desenvolvimento holometabólico e reprodução sexuada. O adulto deposita seus ovos em furos ou fendas existentes na madeira, após 1 ou até 4 semanas os ovos eclodem e surgem as larvas, que permanecem dentro da madeira (se alimentando) até empuparem, período que dura cerca de 1 a 4 semanas e, já mais próximo à superfície, a pupa transforma-se em adulto. Este ciclo pode durar de 1 a 3 anos.
Principais espécies e danos
Os danos causados por coleópteros são em menor proporção que os causados pelas térmitas, porém, também requerem atenção. Apenas as larvas causam danos, pois é nesse período que o inseto se alimenta da madeira, formando verdadeiras galerias dentro dela. Uma característica que facilita a identificação de uma infestação por brocas é a presença de furos nas peças de madeira, mas, principalmente, a presença de um pó ou serragem bem fina, assemelhando-se a um talco, próximo à peça. É importante ressaltar que a textura desse pó é que diferencia uma infestação de brocas de uma de cupins de madeira seca. Existem várias espécies de brocas que infestam madeira.
Família Anobiidae
São conhecidas como brocas falsas, pois atacam madeiras e folhas secas de diversas espécies. A cabeça não é destacada do corpo, que tem formato oval. Apresenta coloração castanha escura à preta. Geralmente atacam madeiras moles. Deposita seus ovos em fendas ou orifícios existentes na madeira. Dificilmente infestam duas vezes o mesmo local. Causam grande prejuízo por ter um ciclo de vida muito rápido, um casal produz 200 ovos em 10 dias e no mesmo local.
Família Bostrichidae
Apresentam o corpo em formato cilíndrico e tórax mais áspero, antenas em forma de clave e cabeça não destacada do corpo. Sua coloração é castanha escura. Perfura a madeira para depositar seus ovos e geralmente atacam madeira dura, podendo também atacar madeiras moles.
Família Lyctidae
São as chamadas brocas verdadeiras, atacam tanto madeira dura quanto mole. Apresentam coloração variando do castanho escuro ao preto. A cabeça é destacada do corpo, que tem formato achatado. Deposita seus ovos nos poros da madeira. Seu principal sinal de infestação é a presença de resíduos de madeira nas saídas dos túneis. Causa grande dano por infestarem o mesmo local mais de uma vez.
Superfamília Curculionoidea
Apresentam cabeça prolonga-se em um rosto, de formato mais ou menos alongado, reto e voltado para baixo. São da mesma família do bicudo-do-algodoeiro. Normalmente, ataca grãos armazenados, mas podem atacar madeiras moles.
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CONCLUSÕES

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Se tiver problemas com infestação de pragas, tome uma atitude sem perda de tempo. São pequeninos mas muito eficazes. Se chegou no estágio de perceber sinais da presença de insetos no acervo, é sinal que a destruição já está bastante generalizada.
Existem ainda outras pragas; A ARANHA, que prolifera quando existem insetos no ambiente. RATOS, freqüentes em ambientes sujos ou com alimento disponível. Mas esses descritos são os maiores inimigos de um acervo de livro.
Dando um diagnóstico para uma biblioteca infestada, Zelina Castello Branco foi radical: "Retire do ambiente toda a madeira infectada ou não , substitua os livros afetados e restaure completamente os livros que não podem ser substituídos".
Nunca utilize soluções invasivas nem permita que outro o faça. Ou seja, não espalhe naftalina, não use nenhum veneno líquido ou em pó que deixe resíduos nas folhas, podem causar danos à saúde de todos que manusearem os livros. Já restaurei livros tratados antigamente com BHC, substância em pó, altamente tóxica, de longa permanência residual e atualmente proscrita, e não foi uma experiência saudável.
Em cidades litorâneas ou em ambientes particularmente úmidos, os danos são muito maiores, pois o papel está permanentemente mais mole e o ambiente ao redor - quente e úmido - é ideal para proliferação dos bichinhos.
Assim sendo, a solução depende da limpeza do local, do estado do imóvel e do tipo de prateleira usada.
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Procure imediatamente ajuda profissional. Uma empresa de conceito, da qual obtive parte do material desse post é a DD Drin, no link http://www.dddrin.com.br/index.php . Por certo darão a melhor solução para cada caso.
Se desejar maiores informações, deixe um Comentário.