27 de ago. de 2012

Envelhecimento e Tingimento de Papel

Um velho livro sempre há de apresentar as folhas amareladas, como efeito da oxidação e evaporação natural da celulose.

Uns mais escuros do que outros, dependendo sempre da acidez dos produtos usados no branqueamento do papel durante o processo de fabricação. Quanto mais distante da acidez neutra, mais rapidamente se dá o processo de escurecimento do papel.

No reparo ou restauro de um livro mais antigo, é quase sempre aconselhável substituir as folhas de rosto ou mesmo acrescentar uma ou duas para proteger as primeiras e últimas páginas do livro.

Folhas de rosto são aquelas folhas em branco no início e no fim do livro, logo depois e antes das folhas de guarda, estas normalmente marmorizadas.

Sempre uso DUAS ou mais folhas de rosto nos meus trabalhos, adicionando mais proteção ao conteúdo do livro.

Para que estas folhas tenham a mesma tonalidade do livro original, é preciso recorrer ao papel envelhecido artificialmente, do contrário as folhas brancas causarão um choque de contraste com as folhas oxidadas.

Sempre experimentando, tenho usado principalmente o envelhecimento por CAFÉ ou por PINHÃO.




 O método é simples.

Basta usar o café já coado, misturando-o à quantidade de água para obter a cor na intensidade desejada e acrescentar algumas gotas de formol. Mergulhar o papel no líquido, retirar, deixar escorrer o excesso e pendurar para secar à sombra.

Com a água resultante do preparo do pinhão, é a mesma receita.

Em nenhum dos processos ocorre a presença de gordura, o tingimento é uniforme e livros que fiz há mais de dez anos ainda permanecem com a mesma aparência.

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